Um número crescente de homens pode ter problemas ao gerar filhos.

O número médio de espermatozóides em uma determinada quantidade de esperma caiu quase um terço entre 1989 e 2002, segundo um dos maiores estudos de fertilidade masculina já feito.

Estudos prevêem como principais fatores responsáveis, as mudanças no meio ambiente devido a compostos tóxicos acumulados na água e na cadeia alimentar.
Sobre a contaminação agrícola temos, no primeiro caso, os resíduos do uso de agrotóxicos, que provêm de uma prática muitas vezes desnecessária ou intensiva nos campos, enviando grandes quantidades de substâncias tóxicas para os rios através das chuvas, o mesmo ocorrendo com a eliminação do esterco de animais criados em pastagens.
No segundo caso, há o uso de adubos, muitas vezes exagerado, que acabam por ser carregados pelas chuvas aos rios locais, acarretando o aumento de nutrientes nestes pontos; isso propicia a ocorrência de uma explosão de bactérias decompositoras que consomem oxigênio, contribuindo ainda para diminuir a concentração do mesmo na água, produzindo sulfeto de hidrogênio, um gás de cheiro muito forte que, em grandes quantidades, é tóxico.
Isso também afetaria as formas superiores de vida animal e vegetal, que utilizam o oxigênio na respiração, além das bactérias aeróbicas, que seriam impedidas de decompor a matéria orgânica sem deixar odores nocivos através do consumo de oxigênio.
Em 1992, Prof. Niels Stakkebaek da Universidade de Copenhague, analisou 61 estudos realizados com 14.947 homens adultos, de 1938 a 1990 e concluiu que o número de espermatozóides diminuiu de 113 milhões por centímetro cúbico para 66 milhões, queda de 58,4%.
Além disso, também, houve uma diminuição do volume de esperma por ejaculação, que era de 3,4 centímetros cúbicos para 2,7 centímetros cúbicos.
Para a fecundação é necessário um único espermatozóide, mas quando o esperma estiver com menos de 20 milhões de espermatozóides e menos de 2 centímetros cúbicos de volume (critérios da OMS) o homem pode ter dificuldade de criar, principalmente se não houver 50% de espermatozóides ativos.
Mokiti Okada já alertava sobre a utilização de agroquímicos.
Chegou a afirmar que chegaremos um dia em que haverão muitos alimentos mas não poderemos comê-los. Já na década de 30 criou a Agricultura Natural para resgatar a pureza do solo e dos alimentos, preservar a diversidade e o equilíbrio biológico e elevar a qualidade de vida.
A Agricultura Natural faz manifestar a força natural do solo, sem colocá-lo numa situação de dependência em relação aos adubos. A fertilidade do solo depende do fortalecimento de sua energia, que ocorre quanto o solo torna-se puro.
Na concepção holística, existe uma cadeia infinita de relações entre o solo, planta, animal e homem. Esta unidade só se sustenta quando todos os componentes descritos estão fortalecidos.
Por isso temos que ficar atentos com aquilo que estamos comendo, pois a nossa fertilidade pode estar em risco.